Embora variando o título real da personagem com tão equina característica, a moral dos contos em que esta frase aparece permanece invariável: há segredos impossíveis de guardar só para nós.
Tendo eu um desses, mesmo sabendo que este é o primeiro passo para o revelar, vou tentar mantê-lo longe dos canaviais por mais algum tempo. Primeiro, porque está visto que o método descrito naquelas histórias não funciona muito bem. Segundo, porque se a inapelável necessidade de o gritar a plenos pulmões se manifestar, então que me sirva de mote para aprimorar a mui nobre e buracosa 'Arte da Tubaça'!
Entre o quebrar das ondas e o canto das sereias, não será fácil descobri-lo... E quem sabe se daqueles a quem a curiosidade aperte na procura de segredos envoltos no mar, possa até surgir uma nova narrativa sobre o povo que nas mãos lhe ouvia a voz...
Depois conto-vos.
Fotografia de Daniel Gomes, Buzios