domingo, 24 de agosto de 2008

Citius, Altius, Fortius.


No momento da criação deste nosso tasco cibernético avisámos alguns amigos que estávamos a juntar os trapinhos (esclarecemos desde logo que, mesmo sem homofobia, não havia abixananços e comunhão apenas de interesses e ideias).

Quais contrabandistas dos tempos modernos, partilharíamos as histórias e riscos das travessias da última fronteira que Schengen deixou em pé neste cantinho da velha Europa. Abríamos as portas das nossas experiências... e encontrávamo-nos do outro lado.

Ainda que com uma periodicidade próxima da que condena ao Purgatório, gosto de pensar que criámos algo à imagem da descrição de Buarcos, numa longínqua Surf Portugal: perfeito, mas tão inconsistente... Bom, 1 em 2 já não é mau.

No meu caso, falar de surf com o cuidado e intensidade que aqui pretendo tem um custo de oportunidade elevado. Pouco ou nada do que aqui escrevo é inventado, de forma que, para o transmitir, tenho de o sentir. Conjugada a dependência deste – escolher entre as hipóteses seguintes: desporto; vício; modo de vida; culto; outro - à vontade dos Elementos, essa vivência nem sempre é possível. Depois, se o mar não estiver bom, existe ainda todo um outro mundo de interesses. Se estiver, transmi-quê?

Tudo isto por não ter assinalado convenientemente o 1º aniversário do Vagueares (o Pedro estava a ultimar um seu e o Luis já andava num dele). Ainda pensei justificar que o dia ainda não tinha chegado, calculando o tempo que levariam os corpos celestes do nosso Sistema a reposicionarem-se como naquele dia 6 Agosto, mas se a contribuição gravítica da Lua e do Sol são suficientes para as marés, para quê complicar a coisa? Deixámos passar a efeméride, mas se o aniversário do outro, se bem que filho Dele, é quando um homem quiser, do que não resultará a vontade de três?

Depois, este – aplicar o termo escolhido anteriormente – é uma experiência nominosa (palavra que terá direito a um ou dois posts mais à frente) e vai algo além de certas grandezas definidas. O tempo não é o mais importante.

Como vimos por estes dias, é o que escolhêmos fazer com ele que conta.

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