São momentos oportunos e reconfortantes estes, em que, como que dando-nos uma pausa, saímos para fora de nós próprios.
Ver por fora, estando dentro! Por vezes apenas pelo instante em que se nos suspende a respiração e o batimento cardíaco nos tende para zero.
A fotografia, num seu estado maior, consegue muitas vezes traçar um roteiro por essas pequenas mortes instantâneas que sofremos. Dar a mão, e levar outros a visitar os nossas momentos de meditação.
"Não foi bem uma vista aérea, foi uma coisa estranha, como se estivesse em cima...
Uma espécie de aldeia em miniatura, que eu percorria por dentro estando fora...
É como se olhasse para as minhas botas e as visse dentro dos meus pés, apesar de calçadas...
Era como se eu fosse maior do que o que sou - como se estivesse todo dentro de algo mais pequeno do que eu - dentro e fora em simultâneo, porque ao mesmo tempo que cabia lá dentro era maior do que aquilo em que cabia - uma espécie de ilusão física - de anulação do volume - ou de inibição do impossível - uma abstracção indizível..."
da letra da música "Humano" - Mão Morta
1 comentário:
O meu surf é tão fotogénico como uma lula gigante. Mas, se por um lado me faltam as provas das "surfadas épicas" que tenho dado, nesta perspectiva há a possibilidade de ser imortal...
Mas mesmo assim, não me larga a "condição humana" pois olho para estas fotos e, com alguma inveja, penso foi uma boa morte
Abraço, mestre Peter
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