… esse doce licor que nem todos apreciam. O elixir que nos adormece as mágoas e nos incentiva a ir mais além. Associo muito o vinho ao fado… esse lamento que nos entranha na alma e nos faz sentir mais lusos. O vinho aquece-nos a alma e desfaz os momentos de introspecção em partilhas diversas…:
- Almocei hoje com alguns amigos da surfada. Juntámos as mesas e bebemos um bom vinho. Contámos longas e divertidas histórias – a grande maioria das quais não passavam óbviamente de sábias mentiras – muitas delas acerca dos bons velhos tempos, dos copos e das ondas partilhadas. Tantos contos e fábulas invariavelmente passados no mesmo areal que nos acarinhou todos estes anos.
As viagens ao longínquo e cálido Índico, as passagens pela América Central e do Sul e o alinhavar de novas travessias por esse mundo fora. Tudo apadrinhado pela reserva de 12,00€.
As namoradas que foram rodando pela matilha, as sacanagens com que nos brindámos e os ódios de morte que o tempo soube resolver, os dropinos mais ou menos inofensivos e por demasiadas vezes emoldurados em mazelas de carne e foam… um brinde a todos eles se faz favor.
As recordações, os sonhos e as esperanças de quem sempre viveu as manhãs de nevoeiro agreste do Oeste embrulhado em mantas espessas para logo de seguida enrijar ao sol ardente regado com nortada em abundância. Sangue, suor e lágrimas? Desculpem-me V/Exas a redundância mas vinho, surf e fado se faz favor!!!!
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