Ilustração de Vera Costa
Começo-te por avisar, Caro Leitor, para que não acredites. Melhor, para que não busques, entre as linhas, aquela verdade crua que a lógica e a razão combinadas com as mais elementares leis da física atestam. Aqui é mais coração.
Aqui tudo é mentira. Mentira, e da boa. É a verdade potenciada.
"A malta que o conhece jura que o gajo não surfa um alho"- diz um acerca dos relatos em primeira pessoa do outro que os publica.
Pois não. É verdade. E é desta verdade que falo. Não presta. É supérflua. É mesquinha. Tem a relevância de um grão de areia num superbanco recém formado.
Numa peça de teatro que quer ter a prespectiva do técnico de luz? Só o próprio suponho. Eu não quero saber, pelo menos por agora enqunto me comovo, de que é de watts feita a aura que emana do vilão mesmo a tempo da sua redenção.
É o Romeu manco de uma perna e a Julieta carregadinha de borbulhas. É D. Sebastião morto em Alcácer Quibir e as manhãs de nevoeiro reduzidas a condição metereológica. É o profeta sem milagres e a morte sem Poesia. É a morte da Poesia.
É sair de uma sessão daquelas, peito feito, esperar pelos elogios mais que certos às duas últimas ondas observadas de fora pelo amigo que saiu mais cedo, já como o "Obrigado, pá..." debaixo da língua e ter de ouvir ao invés um :-"Se fizesses mais tal e coiso o surf saí-te mais tal e qual".
Arre gaita.
Aqui tudo é mentira. Mentira, e da boa. É a verdade potenciada.
"A malta que o conhece jura que o gajo não surfa um alho"- diz um acerca dos relatos em primeira pessoa do outro que os publica.
Pois não. É verdade. E é desta verdade que falo. Não presta. É supérflua. É mesquinha. Tem a relevância de um grão de areia num superbanco recém formado.
Numa peça de teatro que quer ter a prespectiva do técnico de luz? Só o próprio suponho. Eu não quero saber, pelo menos por agora enqunto me comovo, de que é de watts feita a aura que emana do vilão mesmo a tempo da sua redenção.
É o Romeu manco de uma perna e a Julieta carregadinha de borbulhas. É D. Sebastião morto em Alcácer Quibir e as manhãs de nevoeiro reduzidas a condição metereológica. É o profeta sem milagres e a morte sem Poesia. É a morte da Poesia.
É sair de uma sessão daquelas, peito feito, esperar pelos elogios mais que certos às duas últimas ondas observadas de fora pelo amigo que saiu mais cedo, já como o "Obrigado, pá..." debaixo da língua e ter de ouvir ao invés um :-"Se fizesses mais tal e coiso o surf saí-te mais tal e qual".
Arre gaita.
((Texto publicado na Free Surf Magazine))
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